quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Insistênca

Tem horas na vida que a gente para pra reparar na bagagem e contar o que de verdadeiro ficou pra seguir pra sempre. O que é de verdade fica sem precisar em momento algum ser preciso pedir. Quando nos momentos mais difíceis, a bagagem fica mais leve, porque tudo que era superficial cai por terra. Esses momentos são peneiras da vida, onde cada um se mostra e não há um que fique ainda em cima do muro. Nesse pouco tempo de vida já tive tantas peneiras que nem dá pra contar, mas houveram os que permaneceram, sem nunca eu ter pedido nada. Aos verdadeiros, meu muito obrigada! E é por eles que permaneço ainda por aqui nesse espaço.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Caminho


E vamos deixando as mágoas
Quem sabe serão esquecidas
Como os dias dançados na chuva
Ou a cadeira empoeirada de preguiça

Vamos tocando a vida
As vezes plantando discórdia
Outrora comendo amor
Nem tudo é tão justo
Tropeçamos por nada
E morremos de dor

Se na cabeça
Há armas engatilhadas
Quando vemos
Não somos nada
Nada, nada, nada!
Só gatilhos que não disparam...
...por nada!

domingo, 9 de dezembro de 2012

sábado, 8 de dezembro de 2012

Realismo




Somos como asas e pés, brigando pra voar e pra pisar, mas ao mesmo tempo e ao mesmo tempo sem ir pra canto algum.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Canto



O som se dissipou e num piscar de olhos tudo tornou-se silêncio, talvez pelas palavras terem sido gastas demais. A vida é contada assim, cheia de sons e silêncios! As pausas são o respirar do canto, a tomada de fôlego para suportar tudo o mais que venha pela frente.

sábado, 24 de novembro de 2012

Inquietude


É só questão de concentração, fones de ouvido e fechar os olhos pra o tempo transcender todos os conceitos do real. Mentiras, lágrimas e promessas vão embora pra sala ao lado à espera da mente vazia mais uma vez.

sábado, 17 de novembro de 2012

Vidraças

São alegres as vidraças. São alegres de tao transparentes... Pois de lá são visíveis as praças, as casas, os olhares e as pernas no asfalto que formam par com as sombras e dançam numa sincronia perfeita.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Metáforas



São pontas de anzóis
Tão sem lógica que seguram âncoras
Cada âncora conta um pouco de nós
Tentando fincar a todo custo em mares azúis

Não há descanso pra quem vive pesando
Mais até que a própria linha
Âncoras, anzóis e azuis
Em mares que não se sabe como chegar
Mas é que cega estar assim
Com rumo certo
Mas sem saber como começar
No futuro
Só a certeza do azul
Faz içar iscas pesadas assim

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

CORAGEM

Receios travam
Ideias, atitudes
Qualquer que seja o gesto

Viver de receios é não viver
E pra não viver
É melhor nem estar aqui

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Construção

O domingo chegava com a lembrança dos filmes e  com o gosto do frio. Agosto sempre chega soprando esse vento que dá um amargo na boca e um aperto no peito, nos rouba a fala e nos deixa num canto miúdo como se tudo fosse saudade. É quando a gente se pega colhendo pedaços de nós mesmos que foram deixados caídos ao chão e ao contrário do que todos pensam, não queremos encaixar as peças nos espaços que elas couberem. O que queremos é criar algo novo do que já era lixo, reconstruir o quebra cabeça desordenando a figura proposta, montando ligeiro, manipulando formato, virando do avesso e dando à vida um novo começo, um novo espaço.

Não dá pra dizer que conhece julgando por situações isoladas. Cada um é o que constrói em toda sua vida, somos a parte que cabe num laço de fita, numa história bonita, ferida, vivida e reconstruída ... Somos também o desmanchar do laço de fita. Assim é que a vida se constrói, cheia de nós desatados e laços desamarrados, bem como adeus e até logo ditos muita vezes por força do hábito, por força da dor. As despedidas, as lembranças, os enganos tudo num pacote com embrulho, sem citações de felicidades. Se ao menos ao final houvesse uma nota, sua letra, que escrevesse qualquer coisa que fosse...

P.s1.: você ainda está aqui, com o sopro do vento
P.s2.:  e os dias são ficção, misturados com realidade, personagens, criaturas que nunca existiram e as que existiram deixaram um peso enorme de felicidade e dor..
(texto feito junto com a Dianini, dona do Encriptar)

terça-feira, 10 de julho de 2012

Escolhas

As palavras já foram gastas, as horas já teimaram em não passar, já teimaram também em voar. Os corpos já formigaram enquanto descansavam imóveis. Ainda há tanto mais por viver. Ainda há o que esconder? Já escancarei as portas faz tempo. Há caminhos incertos? A estrada que escolhi tem uma reta só, sem atalhos, sem rodeios.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Planos

A gente segue assim tentando pôr os pés no chão, mesmo quando o chão tem fundo falso e acabamos afundando de qualquer jeito. Temos planos sim, de fazer do chão concreto. As chagas vão ficar assim, exalando um outro cheiro. Tudo um dia vai mudar de rumo, porque a mente evolui e as notas de rodapé ganham vida.

Tempo

Soube por aí que os tempos agora são outros, que passarinho que cantava agora se esconde, que palavras tornaram-se amarras e que ninguém sabe mais o que é ter opinião formada sobre tudo. Os motins são banalidades, a banda que vem, a banda que vai, preocupação só com futilidades, futilidades até demais.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Barranco

É tão difícil manter acesa a chama daquele pensamento positivo quando tudo tá desabando. Mas então o que nos resta? Desesperar não ajuda em nada,o que nos resta mesmo é pensar que o dilúvio vai passar, que tudo fica bem no final. Ficar bem quando nada está bem não parece fazer nenhum sentido, mas isso sim é o que nos resta pra fugir de toda essa realidade que sufoca.

Cordas


O silêncio dos falantes
ao fundo,o som
os infernais de sempre

Cinza [2]


A alma padece
e quando vê o sol, se rende
Desânimo cinza, coragem soprada ao vento

Cinza


Nublado estão
Os dias que virão
Doces,instantes, errantes

terça-feira, 29 de maio de 2012

Aprender

Quando as histórias parecem casos furados vemos tudo com outra perspectiva, porque a desgraça alheia não mais incomoda, o que tece a rima é a agonia. Às vezes a dor é bem mais do que é exposta, às vezes bem menos do que principia. As lágrimas hora secam que é pra deixar nascer a alegria. A noite a luz faz ver, mas não faz diferença quando é de dia.
O corpo uma hora cansa, mas na luta permanece a alma tentando achar uma moradia.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Subjetivismo

E se as pessoas perdessem toda subjetividade? Pois é, a vida perderia o encanto! Perderia toda beleza da experiência estética produzida pela arte, porque a arte só existe partindo de toda essa subjetividade, tentando sempre imitar a realidade.

Corroção

De repente a gente para pra pensar e vê que as pessoas ao nosso redor já não são as mesmas, que quando passamos vemos pessoas antes tão próximas e falamos com indiferença. Quanto que a gente mudou? Quanto mudaram com a gente? E o mais importante, quando mudamos conosco? Há muito o que dizer de laços que desatam não só pelo tempo gasto, mas pelo fio puxado. São tantos fios puxados na verdade e são poucos os que possuem nós cegos por debaixo do laço.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Verdade

As evidências estão bem acima da nossa cabeça, mas insistimos em olhar pro chão, em olhar pro nada. Percebemos tardiamente pequenos detalhes tão óbvios que a razão parece ter permanecido ausente. São momentos bons, mas cheios de disparidades e mentiras forjadas por máscaras que caem e atores que fogem de cena.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Segunda

Sentimentos guardados por uma semana são jogados no liquidificador em plena sexta-feira! Quando a segunda chega tudo volta pra o pote até as dez pras tantas da madrugada do próximo fim de semana.

Memória

É um vento que vem de todas as partes e move tudo a minha volta, move também tudo em mim. É como se com o vento viessem as lembranças, viessem os pensamentos que se dispersam assim com mais um sopro. E se o vento para, a chuva logo vem. Porque o vento leva embora as nuvens pesadas, leva embora daqui, mas vão pra outro lugar. A felicidade não se exerce em todo mundo ao mesmo tempo nem o vento pode arrastar o mundo todo de uma vez.

domingo, 6 de maio de 2012

Revolução

A evolução, meu caro cidadão que lê, vem com o tempo, vem com as dores, com as alegrias, pois tudo soma,tudo faz parte de um propósito maior. Tem dias que a fé nos abandona e perdemos essa consciência, porém, querendo ou não, a vida inteira é uma lição. Todo pequeno ato nos molda, aos poucos nos faz ficar da melhor forma. Cada dia que se incia é uma nova chance de fazermos do nosso próprio caminho um reflexo do nosso crescimento.
Olhe para trás e veja o quanto a vida já lhe proporcionou. Se, apesar de cada tropeço, um pouco depois, lhe foi dada a calmaria. Agora só resta a você saber se você soube aproveitar cada oportunidade.
A gente colhe pelo caminho tantas coisas, boas, ruins e algumas indiferentes. A gente acaba aprendendo a reconhecer o que é verdadeiro, o que tem valor, o que nos faz bem e aprende também a ignorar tudo que não venha somar, que não venha pra no tornar melhores do que um dia nós já fomos. Porque essa é a lei da vida: crescer!
Sempre crescer!

Jaque Diniz e M. Duarte

Liberdade

Feroz vento que passou fez de tudo uma bagunça sem tamanho. Tudo parece tão bem assim, sem prateleiras e armários e retratos e recordações,que afinal nunca deram em nada. Não quero ninguém pra arrumar porcaria nenhuma,tô tão a vontade com minhas próprias ideias sem nexo, mas que quando tropeço pego uma, pego outra, e junto tudo e dou um nó e vou tecendo minha própria história, sem ordem definida, sem aquela linha reta que é tão tediosa.